segunda-feira, 30 de abril de 2012

SONO INOCENTE



SONO INOCENTE
Albeni Carmo de Oliveira
 Tamanho da fonte  
Dorme criança dorme...
O teu sono de inocente
Dorme enquanto esta gente
Cruza ruas e avenidas.
Labutando pela vida
Nem sempre recompensada,
Nesta dor descompassada
Desta eterna ferida.
Dorme criança dorme...
E quando acordares de um sonho,
Faz o mundo mais risonho
Nesta guerra desigual.
Onde o bem material
Não dá lugar à bondade
E assim esta humanidade,
Caminha para o final.
Dorme criança dorme...
E acorda tão sorridente,
Pois teu sorriso inocente
É um hino de esperança.
E teu amor de criança
Traduz a simplicidade
De um coração sem maldade.
Ódio, rancor ou vingança.
Dorme criança dorme...
Enquanto podes dormir.
Pois um dia irás sentir
O que sinto no momento,
E vais ver quanto tormento
Quanta inveja, quanta guerra,
E vais ver que nesta terra
Muitos morrem ao desalento.
Dorme criança dorme...
Pois não podes imaginar
Quanta criança a rolar
Por culpa do preconceito.
Pois nunca tiveram um leito
Nunca ganharão carinho,
São como aves sem ninho
Sem saber o que é direito.

Dorme criança dorme...
O teu sono encantado,
Onde ninguém é assaltado,
Todos vivem em harmonia.
O teu mundo é fantasia
Não tem drogas nem vaidade,
Somente a felicidade
Paz amor e alegria.

Dorme criança dorme...
Sonha assim como eu sonhei,
Não chores como eu chorei
Vendo tanta ingratidão.
Vendo guerra entre irmãos
Por ganância ou poder
E a natureza morrer
Por culpa da poluição.

Dorme criança dorme...
Sonha teu belo sonhar,
E quando um dia acordar
No mundo que tu herdou,
Perdoa quem te deixou
Esta mágoa, esta ferida.
Então verás que esta vida
Não é a que tu sonhou.

Dorme criança dorme...
Dorme o pobre, dorme o rico,
E eu aqui pensando fico
Em quem não pode dormir.
Pois nunca quis dividir
O que de graça recebeu,
Não falem que o amor morreu
Eu vi uma criança sorrir.  

PRENDINHA FACEIRA

 
PRENDINHA FACEIRA
Albeni Carmo de Oliveira
 Tamanho da fonte 
Prendinha faceira
Graciosa e bonita,
Cabelos nos ombros
Vestido de chita.
A pele sedosa Morena catita
No meu sonho de amor
És a favorita.
Cabelos compridos
Voando ao vento,
Os peões suspirando
Ao te ver passar.
Cabelos compridos
Voando, voando,
Eu fico pensando
Em contigo casar.
Prendinha faceira
És a flor do rincão,
Se vais a um fandango
Tu chamas atenção
Dançando contigo
Eu sinto emoção,
Aumenta as batidas
Do meu coração...
Prendinha Faceira
Esta tua beleza
Parece um brilhante
De alta nobreza
Por isso prendinha,
Eu tenho certeza
Se não fores minha
Morrerei de tristeza. 

ACAMPAMENTO GAÚCHO






ACAMPAMENTO GAÚCHO
Albeni Carmo de Oliveira
 Tamanho da fonte  
Acampamento gaúcho
Assembléia improvisada,
É reunião da peonada
No culto da tradição.
E junto ao fogo de chão
Entre trova e poesia,
Vai a noite, vem o dia
"Dele" canha e chimarrão,
Todos ali são irmãos
Vivendo a mesma alegria.

Ali tudo é liberdade
P'ra se dizer o que sente.
É o passado e o presente
Da nobre raça caudilha,
É a centelha Farroupilha
Que se aviva no Estado,
Ali o cru e o letrado
Revivem tempos de glória
Das lutas e das vitórias,
Do Branco e do Colorado.

Acampamento gaúcho
Que mais parece um Quartel.
Onde peão é Coronel
Sem farda ou galardão,
Mas que expõe a razão
Da sua xucra procedência
Deste amor pela querência
Que um dia lhe viu nascer,
E que aprendeu a defender
Até o fim da existência.

Por isso um acampamento
Sempre é bem divertido,
E os problemas discutidos
Sempre tem uma razão:
É a defesa de um chão
Das tradições de uma gente.
Ali se planta a semente
De união e fraternidade,
Se une o campo e a cidade
Cantando o que a alma sente.

Por isso é que eu imagino:
Se um dia todo o meu pago
Comungasse o meu afago
De uma roda chimarrona,
Ao som do violão e cordeona
Sem preconceito e sem luxo,
Somente mostrando o repuxo
De um Estado, de uma gente,
E todos cantassem contentes
Num acampamento gaúcho.  

CONSERVANDO A TRADIÇÃO

 
CONSERVANDO A TRADIÇÃO
Albeni Carmo de Oliveira
 Tamanho da fonte 
Um dia um peão já velho,
Destes curtidos dos anos,
De alegrias e desenganos
Que arrebanhou tempo a fora,
Sentia chegar a hora
Do seu último pedido
Chamou o filho querido
E disse com a voz sonora:

- Meu filho chega bem perto
Para escutar o que te digo,
Pois mais que filho és um amigo
Por isso presta atenção,
E escuta meu coração
Que te fala com certeza,
E veja quanta beleza
Que existe na tradição.

Tradição não é grossura
E nem vergonha p'ra gente,
Pois tu deves ter na mente
O ventre que te gerou,
O berço que te embalou
Pois não nasceu da macega,
Honre o sangue que carregas
E a raiz que tu brotou.

Por isso quero pedir-te
Mais que um pedido, um favor:
Que tu sempre dês valor
Para as coisas do nosso Estado,
Procuras estar ao lado
Da justiça e da razão,
Nunca esqueças a tradição
Que herdastes do teu passado.

Nunca deixa deturparem
As coisas aqui do pago,
Das pilchas ao mate-amargo
Ouça o que este peão te diz:
Aí ficarei feliz
Se aprenderes a lição,
Que o povo sem tradição
É um povo sem raiz.

Olhes bem, quando mateares
Veja que linda comunhão,
A cuia de mão em mão
Sem preconceito ou vaidade,
Traduz a simplicidade
E as tradições deste Estado,
Onde o cru e o letrado
Vivem na mesma irmandade.

Procures estar presente
Nos movimentos gaúchos,
E saibas agüentar o repuxo
Quando a situação exigir,
Nunca penses em trair
As causas tradicionais,
Pois a glória de ancestrais
Sempre há de ressurgir.

Olhe sempre ao teu redor
E veja quanta beleza,
Que a nossa mãe natureza
Te deu sem nada cobrar,
Então deves preservar
Com carinho e com afeto,
Um dia teus filhos e netos
Também irão desfrutar.

Por isso que te chamei
Para conversar contigo
Atendas este teu amigo
E ensina teus descendentes,
A levar sempre p'ra frente
As epopéias caudilhas,
Como fizeram os farroupilhas
Defendendo nossa gente.

O pouco que preservares
desta glória e galhardia,
Será de grande valia
Para futuras gerações,
Que aprenderão as lições
De práticas e de destrezas
E saberão as grandezas
Destas nossas tradições.

Se atenderes meu pedido
Com orgulho, raça e fé,
E manteres sempre em pé
As coisas aqui deste chão.
Aí te darei a benção
E posso até morrer sem luxo
Pois, enquanto houver um gaúcho,
Não morrerá a tradição. 
 
 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

HOMENAGENS A SEMANA FARROUPILHA E DIA DO GAÚCHO

Ao aproximar-se as comemorações da Semana Farroupilha, culminando com a comemoração do Dia do Gaúcho em 20 de setembro, criamos esse tópico para homenagens ao nosso Estado, nossa história e nossa cultura.
Toda forma de homenagem é válida, desde a simples frase até imagens, poesias, vídeos, fatos históricos, etc. A manifestação é livre, a demonstração de amor de cada membro é única.s. 
O tópico é destinado a todos os gaúchos e simpatizantes de nosso estado. 

O tópico é nosso, o amor pelo chão é nosso, a participação é de cada membro!

E VIVA O RIO GRANDE!
 
Patrão velho, muito obrigado, por este céu azul 
Por esta terra tão linda, pelo Rio Grande do Sul 
Por ter me feito gaúcho, que veio deste lugar 
E a lua cheia surgindo, fazendo guascas sonhar 

Muito obrigado, pelas andanças do pago 
Pela chinoca faceira e o gosto do mate amargo 
 
Patrão velho, muito obrigado pelos fandangos de galpão 
Pelos domingos de rodeio, nos campos do meu rincão 
Pela geada caindo tornando em branco o capim 
Por esta chama rebelde que queima dentro de mim 

Muito obrigado por estas almas andarilhas 
Que como o vento minuano vagueiam pelas coxilhas 

E viva o Rio Grande!

PARABÉNS PELO NIVER, TRICOLOOOOOOOOR

PARABÉNS PELO NIVER, TRICOLOOOOOOOOR

GRÊMIO ACIMA DE TUDO.

GRÊMIO...IMORTAL TRICOLOR!!!

NÃO SEI VIVER SEM O IMORTAL!!!!
***GRÊMIO***
Beijokas em teu ♥

Semana Farroupilha.

Parabéns a todos os Gaúchos! Semana Farroupilha.


20 DE SETEMBRO 1835 A 1845 - REPÚBLICA RIO-GRANDENSE
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Seja Bem-Vinda Semana Farroupilha

Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra